O meu cálice transborda
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda (Salmo 23, 5)
Este salmo inicia com uma
declaração de completa dependência do Senhor e confiança no seu cuidado, Davi sabia aqui
exatamente o que estava dizendo pois exercendo o oficio de pastor arriscou sua
própria vida por amor as ovelhas, matando um leão com as próprias mãos,
enfrentando urso e toda a sorte de perigo para que seu rebanho permanecesse
seguro, alimentado e tranquilo.
Em toda a sua vida Davi pode
observar o cuidado e o zelo de Deus, sabendo que os dias maus também viriam
mais o Senhor o livraria mesmo que andando pelo vale mantendo-se nos caminhos
do Senhor , não se desviando dele, o Senhor o conduziria novamente a verdes
pastos e as águas tranquilas.
Os Judeus tem um costume quanto as refeições que são
quase que uma celebração, é um momento de oração, de comunhão, de
confraternização, e neste salmo podemos ver que o Senhor Deus nos suprirá, que
mesmo em ambiente inóspito diante dos que buscam te aterrorizar, o Senhor por
amor a seu nome prepara diante deles uma mesa, desperta nos seus os mesmos
sentimentos de compaixão e amor.
Contudo algo que me chamou a atenção
neste texto trata-se do cálice transbordante, é também um antigo costume Judeu
que ao receber um hóspede ilustre o senhor daquela casa deveria-lhe render
homenagens, dar-lhe água para lavar-se, ungir-lhe a cabeça com especiarias, e
durante toda a refeição e enquanto a companhia do hospede fosse agradável o
anfitrião deveria completar sua taça, razão esta pela qual vemos no texto de um
casamento em Caná (João 2:1-11) que a falta de vinho significaria motivo de vergonha,
pois os convidados poderiam sentir-se ofendidos.
Assim, enquanto durasse a
visita o cálice permanecia cheio, sendo que quando o anfitrião deixava de
completar o cálice esta era a deixa de que a visita estaria chegando ao final.
Deus faz com que em sua
presença nossos cálices não fiquem apenas cheios mais transbordantes, que
estejamos sempre gozando da sua presença, o senhor quer intimidade, quer que habitemos
na casa do SENHOR por longos dias, pela
eternidade.
André Giacomozzi
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